Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a APMP, o MPPB e a ASMP-PB realizaram, nesta sexta-feira (11), o evento “A força da mulher paraibana”. O evento ocorreu no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça.
O evento contou com a presença do procurador-geral de justiça, Antônio Hortêncio, ouvidor do MPPB, Aristóteles Santana, 1ª Subprocuradora-Geral de Justiça do MPPB, Vasti Cléa Lopes, Procurador de Justiça, Francisco Sagres, Presidente da APMP, Leonardo Quintans, 2ª Vice presidente da APMP, Anita Rocha.
Na ocasião, foi realizado um debate com mulheres paraibanas que evidenciam a força feminina do nosso estado, sobretudo, no âmbito jurídico, politico e social.
O debate contou com as convidadas: Senadora Daniella Ribeiro, Senadora Nilda Gondim, Procuradora de justiça, Janete Ismael, 1ª sub-procuradora-geral de justiça do MPPB, Vasti Cléa Lopes, Promotora de Justiça, Ana Maria França, Analista ministerial do MPPB, Audrey Regina, Analista Ministerial do MPPC, Carmem CEA Montenegro, Professora de Direito, Mestre em Direitos humanos pela UFPB, Christiane Soares Neri.
O evento contou também com a mediação da jornalista e apresentadora, Linda Carvalho.
Iniciando os debates, a senadora Daniella Ribeiro falou sobre sua passagem pelo Senado federal, ressaltando o quão significativo é para ela ser a 1ª senadora da Paraíba. “Desde o princípio precisei acreditar que era possível chegar no senado federal sendo mulher. Um ambiente que era extremamente masculino, na qual tive a oportunidade de ser a primeira mulher paraibana senadora, sendo também a primeira mulher líder do meu partido”, destacou.
Já a senadora Nilda Gondim em sua fala disse que “nós, mulheres, queremos amigos parceiros, que nos apoiem no dia a dia e comunguem com nossas dores. Acredito que esse encontro é um momento ímpar que reforça a importância do diálogo entre mulheres, para uma luta por igualdade em todos os lugares, principalmente na política.”
Janete Ismael trouxe uma mensagem de motivação para todas as mulheres presentes. “Não se curvem, não tenham medo, nós temos muito mais capacidade do que imaginamos para vencer as barreiras. A mulher paraibana merece destaque e nós somos responsáveis por isso.”
Emocionada, Ana Maria França contou sua história de vida, destacando a importância do papel feminino no seu dia a dia. “Sou filha de uma empregada doméstica e compreendo que ser mulher já é um grande desafio a ser enfrentado em nosso cotidiano. Precisamos lutar diariamente para mostrar quão boas somos diante daqueles que estão ao nosso redor, mesmo tento certeza que somos tão boas quanto. Tenho procurado ensinar isso em meu dia a dia, para meus filhos, no meu ambiente de trabalho, aos meus colegas. É preciso destacar a quem a mulher é e o que ela pode ser.”
“Temos trabalhado constantemente enquanto ministério público para que a voz da mulher seja ecoada no ambiente institucional, para que assim, isso também seja cobrado lá fora, por nós, para a toda sociedade. Esse é o cenário ideal é acredito muito que diálogos como esses, propostos no evento, colaboram para que a diferença exista. É necessário o acolhimento dos colegas homens, que estão conosco no dia a dia e sabem da nossa luta. Esse é um dever de todos nós! Existe uma desigualdade de gênero e desejamos que ela diminua em todos os espaços”, contou Vasti Cléa Lopes.
Audrey Regina, também contou um pouco da sua história, destacando suas experiências profissionais e de vida. “Hoje entendo que as cicatrizes que carrego, o papel de ser mulher, são coisas que me fizeram chegar até aqui. Isso tem me orgulhado muito e me faz seguir em frente, acreditando que o lugar da mulher é em todos os espaços.”
Carmem Cea destacou que “o acompanhamento e incentivo das instituições nas atividades diárias desempenhadas pelas mulheres é essencial para que o nosso espaço seja resguardado, com todos os direitos já adquiridos.
Já Christiane Soares, usou sua fala para destacar que o acolhimento de toda a sociedade é importante para que as mulheres alcancem o espaço de igualdade na sociedade. “Sabemos que nem toda a vida da mulher possui um suporte para aquilo que querem ser. Existe uma realidade subjacente que faz com que não fechemos os nossos olhos, enquanto mulheres, para a desigualdade e desrespeito trazido por diversas situações, como o machismo e a desigualdade institucional. Por isso, é importante se criar um espaço de fala, onde todas nós possamos ser ouvidas e acolhidas. Esse espaço é essencial para um bom desenvolvimento de toda a sociedade.”
Redação: Anderson Brito – Assessoria de comunicação APMP